Maquete tátil da exposição


A maquete tátil articulada da Exposição Cartas ao Mundo, fixada sobre base retangular de madeira pintada na cor branca que mede 83 por 36,5 centímetros, com 20 cm de altura, está sobre o carrinho de ações inclusivas, e apresenta os 3 episódios da exposição: Asfixia, Mercadoria e O Comum, a exposição organiza-se em torno deles e em cada dia é montada com os elementos, objetos e obras de cada um dos eixos temáticos.

O episódio “Asfixia” mostra a degradação da cidade, diante dos problemas oriundos das grandes metrópoles – problemas geográficos, sociais e econômicos. As questões são tratadas a partir de depoimentos, citações, poemas, imagens reais e imagens virtuais. Utilizamos a obra e a personalidade de Glauber Rocha como elemento condutor da narrativa. Glauber Rocha, um importante cineasta brasileiro, foi um dos responsáveis pelo movimento de vanguarda intitulado Cinema Novo. Móveis hospitalares como macas azuis, pequenos armários brancos com gavetas e um monitor no tampo, pequenas cadeiras giratórias azuis que são chamadas de mocho, duas grandes telas, suportes para soro e 300 saquinhos pretos de lixo compõem a expografia. Alguns cartazes com obras de arte estão sobre algumas macas, sobre os sacos de lixo e pendurados nos suportes para soro.

O episódio “Mercadoria” mostra a transformação dos cidadãos em consumidores, questionando os valores humanos. A partir da revolução industrial, o desenvolvimento tecnológico viabilizou a fabricação de produtos em larga escala, e consequentemente fez surgir o homem/consumidor. O mundo fica de ponta cabeça, os móveis hospitalares como as macas e as cadeiras giratórias azuis ocupam o espaço aéreo, grudadas nas vigas em forma de treliça do teto. As obras de arte são transformadas em mercadorias. No chão estão os muitos armários brancos hospitalares contornando o espaço expositivo retangular. Os monitores que estão nos tampos exibem uma playlist de filmes referentes ao tema Mercadoria.

E por fim o episódio “O Comum” tem como ponto de partida o conceito de Comum de Antônio Negri e Michael Hardt. Uma nova forma de ocupação do Largo do Paissandu é proposta, diante da reflexão visceral de Glauber Rocha. Um coro de narradores é constituído, dando ênfase à ideia de que a cidade é construída a partir da necessidade e do desejo plural.

O mobiliário hospitalar é substituído por um labirinto de faixas brancas de tecido transparente, algumas com as colagens de Arnaldo Antunes; caixas quadradas ou retangulares de papelão forradas com papel kraft se transformam em suportes para obras de arte de diferentes artistas. As faixas brancas de tecido transparentes criam espaços e dentro deles estão bacias de alumínio com frases escritas em papel vermelho, tais como: tempo de morrer, tempo de nascer, tempo de ânsia, tempo de afastar os braços, tempo de destruir, tempo de construir, tempo de abraçar, tempo de dança. Algumas bacias têm pedaços de tecido branco.

As Performance com a participação de 10 atores são apresentados em dias e horários pré determinados, acesse no webapp no item informações gerais e confira a programação.