Retrato

Se hoje o selfie é um hábito generalizado, é preciso que se saiba que ele vem de longe, desde sempre as pessoas se interessam em fazer retratos, de si e dos outros. Nada mais natural: o outro é sempre fascinante. Pintá-lo, desenhá-lo, esculpi-lo é uma forma de trazê-lo para perto de si, conservá-lo. Mas qual será o melhor modo de representar alguém? Como nos ensina essa seleção de obras, não há uma forma melhor. Um retrato nítido como uma fotografia não é mais interessante que um retrato psicológico e deformado. Um agrupamento de pessoas trabalhando não é menos importante que alguém passeando solitariamente. Infinitas as situações em que nos colocamos, infinitas as maneiras de representá-las.